14/11/2010

7) Construindo mensagens virtuais

01/11/2010

6) Citação e Referência - ABNT

Uma grande dúvida que surge na hora de fazer a revisão da literatura de um projeto científico, TCC, monografia, dissertação, tese ou artigo é a forma adequada de empreender as citações e fazer as referências.

A ABNT possui uma série de regras que podem variar em maior ou menor grau dependendo da instituição pra qual se destina o trabalho.

Nos slides abaixo trato de sistematizar essas regras, simplificando-as com exemplos ilustrativos. Esse será o tema da sétima aula do Curso de Redação e Documentação Técnica que ministro no Infnet. Também será o tema de aula especial que darei na quarta feira pra turma de Design do mesmo Instituto.

Espero que aproveitem!


5) Como planejar um TCC - Parte 2

Um bom TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) precisa de um pré-projeto eficiente, que norteie a pesquisa.

Há muitas formas de se elaborar um projeto, mas algumas regras são básicas. As variações ficam por conta da criatividade do autor.

Nos slides abaixo apresento algumas estratégias para os meus alunos do Infnet, mesclando ciência e tecnologia. A idéia central do post é propor uma (re) significação do Twitter, nos valendo das limitações dos 140 caracteres para gerar um texto conciso e objetivo.

Espero que essas dicas lhes sirvam não só nos projetos de TCC, mas na escrita científica de uma forma geral.


25/10/2010

4) Como planejar um TCC - Parte 1

Uma das grandes dificuldades do aluno-pós-tecnologia é escrever por conta própria, sem apelar para as facilidades nem sempre eficazes da Internet.

Ter uma ideia, desenvolvê-la, sistematizá-la e  expressar-se a partir dela é tarefa para poucos, ainda que seja aparentemente simples o processo. Escrever um bom texto é mais difícil que ter um grande insight.

Por isso, tenho trabalhado na elaboração de algumas estratégias de redação técnica, pensando especificamente na escrita de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). Como estou oferecendo um curso com esse objetivo no Instituto Infnet para os graduandos de Gestão da Tecnologia da Informação, acabo dialogando com a área de TI em meus experimentos.

Os slides abaixo foram usados na aula 5, quando abordei a estrutura inicial do pré-projeto de pesquisa, focando na questão da justificativa e do planejamento do tempo. As atividades sugeridas fazem alusão à aula anterior, brevemente resumida nos slides finais.


3) Sobre as desigualdades

 


A agenda social tem se dedicado nos últimos tempos - provavelmente inspirada pelo clima de campanha eleitoral - a esboçar ideias e argumentos acerca das desigualdades sociais no Brasil.

De um lado, temos o discurso da relativização da pobreza, pautado em falas políticas e em estatísticas que mostram um decréscimo otimista da localização social de sujeitos situados nas camadas mais baixas. Comemora-se a inclusão de novos membros à chamada classe média, mas pouco se discute o que significa na prática essa migração. Decerto, os mais entusiastas do progresso nacional falarão de um aumento do poder aquisitivo, de uma relação mais promissora entre o indivíduo e o mercado. Mas, para quem acredita que o progresso está relacionado à autonomia, os instrumentos de mensuração dialogam mais com o acesso à Educação (de qualidade) do que com o poder de compra. E nisso ainda estamos atrasados, ainda que passos importantes já tenham sido dados na última década.

No outro lado do raciocínio (instrumental) sobre as desigualdades sociais no país, temos os alarmistas da pauperização total, um tanto perdidos na significação do conceito, confundindo desigualdade e pobreza econômica, forçando uma relação de sinônimos que, de fato, não existe. A falta de meios financeiros é uma das facetas da desigualdade, mas está longe de ser sua causa exclusiva.

Ouvimos muito falar no Brasil como o país da diversidade. Tal ênfase nos coloca diante da falsa ideia de valorização positiva das diferenças, fortemente pautada no ideário de democracia racial que, como sabemos, é um de nossos mitos fundadores. Nessa alusão ao paraíso perdido vamos convivendo com o outro, adotando um discurso de tolerância quando, na verdade, estamos com dificuldades para inaugurar a prática do respeito.

Respeito implica reconhecimento da alteridade, isto é, depende de um olhar receptivo às diferenças. Será que estamos preparados para assumir o que há de exótico em nós? Nos sentiremos à vontade para reconhecer familiaridades naquilo e naqueles/as que nos parecem pitorescos? Antes de nos atravermos a fornecer respostas, pensemos um pouco mais no lugar de onde falamos.

Peter Berger, um sociólogo americano, defende a ideia de que possuímos uma dupla realidade. Uma se resume à sociedade em nós; a outra nos enxerga atuando e intervindo nessa mesma sociedade. No primeiro caso, obedecemos à regras, manifestamos os resultados da nossa socialização. No segundo, temos certo poder de transformação, estamos aptos a transgredir, a alterar o rumo da história. Aliás, já dizia Marx que na origem das instituições estão os homens, sendo, pois, nós mesmos sujeitos da práxis. Então, somos marionetes que, de vez em quando, brincam de ser ventrílocos. Ou ventrílocos que, às vezes, deixam se fazer de marionetes.

Na perspectiva sociológica de Berger as desigualdades variam de acordo com a nossa localização social, isto é, quanto mais autonomia temos em relação à sociedade em nós, mais atuamos nela e melhor estaremos em sua divisão social do trabalho - para lembrar um outro conceito marxista. Em outras palavras, as desigualdades são mais  afeitas ao diferente que, na lógica capitalista, constitui-se de outsiders, de pessoas à margem.

Estar à margem não é privilégio do pobre. É também realidade do preto, da mulher, do homossexual, do índio. Enfim, é viável para todos os indivíduos que sofrem desigualdades sobrepostas. A desigualdade é uma construção social antiga, herdada, alimentada, transmitida e reinventada. Ela conta com o auxílio do preconceito, da discriminação, das clivagens entre as classes, das ideologias, das religiões e dos partidos. Conta com  o apoio de cada um de nós que delega responsabilidades ao outro generalizado, omitindo nossa parcela de contribuição direta ou indireta.

A naturalização das desigualdades foi - e ainda é - um discurso científico. O sangue azul de ontem equivale à instabilidade emocional da mulher com TPM de hoje. A ciência (equivocada), contudo, não está sozinha. Conta com alguns discursos fundametalistas de determinadas religiões, com certos veículos midiáticos e, claro, com nós mesmos e nossos preconceitos velados. E assim, "cientificamente", vamos mapeando as diferenças, exaltando a diversidade e maquiando as desigualdades. Eu aceito o outro, pratico a tolerância diante dele, mas não o integro.

No campo da Educação essa prática dialoga com um currículo oculto não contemplado na avaliação dos/as professores/as. O aluno que sofre bullying é visto como agente de uma socialização natural, quando deveria ser encarado como vítima de mais uma desigualdade - ou de várias desigualdades sobrepostas.

Porém, é mais prático relacionar desigualdades à pobreza. Talvez porque dinheiro e emprego sejam moedas mais valiosas para a compra de votos do que educação, equidade e outros Direitos Humanos. Pensar que só o pobre é desigual também alivia nossa consciência e a lógica da meritocracia justifica a culpabilização do vitimizado. E assim vamos seguindo, sem olharmos uns aos outros... “é que Narciso acha feio o que não é espelho”. 

L.N. 25/10/2010

Imagens da aula presencial do GDE em 07/10/2010
Tema: Relações Étnico-Raciais






24/10/2010

2) Curso Gênero e Diversidade na Escola - Pólo 3 (Volta Redonda)



GDE - 4º Encontro Presencial
Local: Volta Redonda
Data: 07/10/2010


O projeto Gênero e Diversidade na Escola é fruto de uma articulação entre diversos ministérios do Governo Federal Brasileiro ( Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e o Ministério da Educação ), o British Council (órgão do Reino Unido atuante na área de Direitos Humanos, Educação e Cultura) e o Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos (CLAM/IMS/UERJ). 

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Minha experiência com o GDE teve início em 2009, quando atuei como professor on line de uma turma composta por cursistas de Angra dos Reis, Rio de Janeiro e Campos dos Goytacazes.


Os temas tratados no curso sistematizavam minha trajetória como pesquisador-militante mas, pela primeira vez, tive a oportunidade de tê-los como assunto principal da minha atuação docente.


Enquanto trabalhei na Faculdade de Educação da UERJ (2006-2009)pude abordar a perspectiva de gênero em algumas disciplinas eletivas, mas foi no GDE que pratiquei integralmente esse linha de atuação.


O contato com os/as cursistas foi desafiador e estimulante. Em cada discussão nos Fóruns desconstruíamos uns aos outros e a nós mesmos. Aprendi mais do que ensinei.


Este post traz algumas imagens e parte da dinâmica que fizemos em Volta Redonda no dia 7/10/2010. Nos slides estão trechos de falas retiradas dos fóruns do Módulo IV - Relações Étnico-Raciais. Cada grupo de cursistas cuidou de uma fala, apresentando-a posteriormente à turma. O debate foi intenso, generoso e instigante.

 




23/10/2010

1) Oficina de ensinoaprendizagem





II Seminário Nacional Sociedade, Corpo e Cultura
Vitória, ES, 10/2010


Já faz algum tempo que venho pensando em estabelecer diálogos mais constantes com os profissionais da Educação Física.

Acredito que as Ciências Sociais - e a Educação, especificamente - devem prestar muita atenção no que dizem aqueles que trabalham o corpo, a disciplina, o esporte, o movimento, isto é, os responsáveis pela educação física do ator social.

Se as relações sociais modelam comportamentos, não podemos esquecer que elas precisam de um corpo para obedecer ou transgredir. A corporificação da sociabilidade, porém, ainda conserva caminhos a serem descobertos.

No II Seminário Nacional Sociedade, Corpo e Cultura, organizado pela UFES em outubro de 2010, as questões que envolvem esse processo estiveram em pauta e foram tratadas a partir de diálogos profícuos. Pude conhecer pesquisadores, educadores e artistas que investigam o corpo em suas múltiplas funções. O corpo que fala e o que corpo que silencia, ecoando no silêncio o que há de mais social e coletivo em cada um de nós.

Os slides acima integraram minha oficina de estratégias de ensinoaprendizagem - ou de ensinagem. Parte dessas técnicas foi elaborada junto com os/as alunos/as - criativos/as, receptivos/as e socialmente responsáveis. Alunos/as da Educação Física e das Ciências Sociais - alguns/as já formados/as e fazendo mestrado.

Já que este é um post de registro, não posso deixar de citar a competência da organização do evento, que nos proporcionou três dias de muita ciência bem praticada.

Espero que tenha sido a primeira conversa de um longo debate! Seguem as fotos da Oficina: